ISBN: 978-85-286-0470-2
Título Original: Wir Kinder vom Bahnhof Zoo
Tradução: Maria Celeste Marcondes
Cidade/editora: Rio de Janeiro/Bertrand Brasil
Ano de Publicação: 2010
Páginas: 352
Diferente do que ela estava acostumada,
passou a viver em um ambiente de competição e agressividade, onde todos queriam
se mostrar o mais forte, pois estes eram temidos e admirados. No conjunto residencial
Gropius não existia atividades de lazer ou um espaço para brincadeiras
adequadas para as crianças, então elas tinham que ignorar as placas de
proibição e aprender desde cedo como fugir dos zeladores.
O pai era muito agressivo e a mãe de Christiane acabou se separando e indo morar com seu novo companheiro. Christiane não gostava dele, e as brigas não demoraram para começar, e com essa história e se sentindo perdida, ao entrar em uma nova escola vê em uma garota seu ideal e passa a fazer de tudo para fazer parte da turma: se vestindo igual, frequentando os mesmos lugares, agindo e falando parecido. E quando passa a ser aceita, não se contenta e cada vez mais busca se encaixar em algum grupo, buscando a aceitação e se sentir pertencente e amada por alguém.
O pai era muito agressivo e a mãe de Christiane acabou se separando e indo morar com seu novo companheiro. Christiane não gostava dele, e as brigas não demoraram para começar, e com essa história e se sentindo perdida, ao entrar em uma nova escola vê em uma garota seu ideal e passa a fazer de tudo para fazer parte da turma: se vestindo igual, frequentando os mesmos lugares, agindo e falando parecido. E quando passa a ser aceita, não se contenta e cada vez mais busca se encaixar em algum grupo, buscando a aceitação e se sentir pertencente e amada por alguém.
O livro aborda temas como violência
doméstica, falta de afetividade na infância, adolescência, amizade, drogas,
prostituição infantil... então já deve imaginar como é uma história pesada (e
muito triste), em alguns momentos eu cheguei a ficar com o estômago embrulhado,
em outros, com os olhos cheios de lágrimas.
Christiane era uma criança normal,
gostava de brincar e queria fazer amigos, sentia medo do pai que era muito
agressivo, se sentiu rejeitada pela mãe quando ela arrumou um novo parceiro e
talvez abandonada pela irmã que decidiu ir morar com o pai, que eu nem sei o
que falar sobre esse pai... mas mesmo sabendo que o fígado da filha estava comprometido,
ainda dava bebidas alcóolicas para ela (se bem que aqui no Brasil a lei que
proíbe a entrega de bebidas alcóolicas para menores de 18 anos só entrou em
vigor no ano de 2015, ou seja...).
"Aquele rosto não me pertencia nem aquele corpo esquelético. O corpo, aliás, eu nem sequer o sentia. Nem mesmo quando adoecia ele se manifestava. A heroína tornara-o insensível à fome, à dor e até mesmo à febre. Ele só despertava quando estava em crise". (p. 151)
A mãe foi a que mais lutou (de sua
maneira) para que a filha saísse desta situação. Porém desde o início houve uma
certa negligência em relação a filha, que ela mesma diz que no fundo sabia que
Christiane estava usando drogas, apenas não queria descobrir a verdade,
preferia fingir que isso não estava acontecendo. E é interessante observar que
o medo dela em ser igual o seu pai, um homem muito rígido em relação a sua
educação, a tornou uma mãe muito permissiva.
A questão da droga é um assunto muito sério, e a melhor forma de lidar é utilizando a prevenção, mas deve-se saber que falar que a droga mata não basta, a prevenção envolve desde uma boa relação familiar, para que o adolescente sinta seguro e não tenha necessidade de buscar algo que lhe permita fugir de um mundo onde não se sinta à vontade. Não que todos os casos sejam esse motivo, mas amor, carinho, afeto... nunca é demais.
A questão da droga é um assunto muito sério, e a melhor forma de lidar é utilizando a prevenção, mas deve-se saber que falar que a droga mata não basta, a prevenção envolve desde uma boa relação familiar, para que o adolescente sinta seguro e não tenha necessidade de buscar algo que lhe permita fugir de um mundo onde não se sinta à vontade. Não que todos os casos sejam esse motivo, mas amor, carinho, afeto... nunca é demais.
Depois que terminamos o livro, várias
dúvidas se formam: Christiane conseguiu sair das drogas? Ela ainda está viva?
Então eu fui pesquisar. Pelo que eu achei, ela ainda está viva, escreveu outro
livro “Minha segunda vida”, porém parece
que a heroína a acompanhou durante toda esse tempo e em uma entrevista que
encontrei no Vice.
O que eu achei mais chocante, foi que o
fato de ela ter se tornado uma drogada famosa ao publicar o livro e ao invés de
isso ter trazido benefícios à ela, acabou prejudicando mais sua vida, não sei
se não tivesse escrito sua história não teria mais usado heroína, mas o fato
que ela mesmo diz, foi que com o dinheiro recebido (isso proporcionou a ela uma
vida sem trabalho) ela pode comprar muita droga, ficando famosa e inclusive,
teve uma carreira na música. Ela também diz que se arrependeu porque as pessoas
ficaram curiosas em relação a ela, mas ninguém queria uma vida junto com ela (namorado,
amigos).
Até logo!
Eu li esse livro anos atrás e fiquei bem chocada, mas nem imaginava que o relato era real...
ResponderExcluirAgora estou ainda mais chocada, como a vida pode ser diferente pra cada um de nós, concordo que ela era super comum, não mereceu a tudo que aconteceu :/
Osenhordoslivrosblog.wordpress.com
Sim, acho que fiquei mais triste em saber que contar a história dela não foi tão bom para ela :(
ExcluirEu li esse livro há muitos anos atrás. Foi o meu melhor achado da biblioteca da minha antiga escola. Também fiquei com o estômago revirado lendo, mas a história me prendeu tanto que eu devo ter lido em umas duas madrugadas. Não sabia que ela tinha continuado com as drogas... :(
ResponderExcluirBeijos,
literarizandomomentos.blogspot.com
Pois é... fiquei ainda mais triste depois de saber disso!
ExcluirBeijos