ISBN: 85-00-22344-8
Tradução: Celina Luz
Cidade/editora: Ediouro/Rio de Janeiro
Ano de Publicação: 1993
Páginas: 372
No livro temos a prima Bete, uma solteirona com seus 42 anos
que sempre ficou na sombra da beleza de sua prima Adelina, com 47 anos casado
com o barão Hulot e mãe de dois filhos, o moço, já casado e com um filhinho e a
filha que é a preocupação da mãe, ou melhor, o casamento da filha, pois não
quer que essa venha a se tornar uma solteirona. Porém, apesar da moça ser linda, acreditam que o casamento só ocorrerá por um milagre, pois a família, apesar do títulos de nobreza, não tem o
dinheiro para o dote da moça.
Lisbeth Fischer, conhecida como prima Bete, sempre tivera ciúmes de Adelina, por ser linda, poupada de ter que trabalhar, casada com um barão, enquanto ela trabalhava na terra e depois Adelina a trouxe para a cidade, onde ela se tornou operária. Bete é descrita como “uma mulher alta,
magra, morena, cabelos pretos de um brilhante, sobrancelhas grossas e cerradas,
braços compridos e fortes, pés rechonchudos, algumas verrugas no rosto comprido
e simiesco.”
Nada ia bem para a família e a causa de todo o problema era que o barão tinha amantes para manter e Adelina era uma "esposa muito boa" para repreender o marido que tanto amava. Até que um dia, a inveja e o ódio adormecidos no coração da prima Bete, despertam ao perceber que havia sido traída pela família, e ela não demora em começar a colocar seus planos em prática.
Nada ia bem para a família e a causa de todo o problema era que o barão tinha amantes para manter e Adelina era uma "esposa muito boa" para repreender o marido que tanto amava. Até que um dia, a inveja e o ódio adormecidos no coração da prima Bete, despertam ao perceber que havia sido traída pela família, e ela não demora em começar a colocar seus planos em prática.
Logo na introdução do livro, está que esta obra é "um romance sobre mulheres, que parece ter sido escrito especialmente para ser lido por elas”. Um dos personagens que me cativou foi o velhinho irmão do barão Hulot, o marechal Hulot. Das mulheres não cheguei a gostar, apenas admirei o contraste entre a dependência e submissão de algumas mulheres em relação aos homens, enquanto outras se mostravam donas de si, como por exemplo a Bete, que era uma mulher que era independente e aparentava ser forte, servindo como a coluna da família.
Este é o primeiro livro do Balzac que eu leio e foi uma leitura bem diferente das que eu tinha feito até então. O autor nos mostra uma outra visão do romance, que não é o mar de rosas, mas sim um jogo cruel, agressivo e desumano.
“A maioria das disputas humanas vem do que existe ao mesmo tempo de sábios e ignorantes, constituídos de maneira a jamais enxergar a não ser um só lado dos fatos ou das ideias; e cada um sustenta que a face que viu é a única verdadeira, a única boa.”
“A maioria das disputas humanas vem do que existe ao mesmo tempo de sábios e ignorantes, constituídos de maneira a jamais enxergar a não ser um só lado dos fatos ou das ideias; e cada um sustenta que a face que viu é a única verdadeira, a única boa.”
No livro conhecemos da virtude a miséria, e que algumas pessoas tem em si algo que carregam por toda a
vida, alguns coisas boas, outras coisas que o levam a destruição, e mesmo na pior, continuam agindo de forma errada, e é interessante como alguns aparentemente dão sorte na vida agindo de maneiras ruins, enquanto outros assistem a própria desgraça dos erros que cometeu. Mas fica claro que a vingança não é a melhor das saídas, ela proporciona momentos de alegria, mas nunca preencherá o vazio da inveja, da raiva, ela o consumirá, levando a própria ruína.
“O selvagem só tem sentimentos; o homem civilizado tem
sentimentos e ideias”.
Os títulos são extremamente engraçados e em sua maioria com
duplo sentido, como é o caso do capítulo 6: "O capitão perde a batalha", onde o
senhor Crevel, sogro do filho da Adelina, tem suas investidas para ser amante, frustradas. Ou
então, no capítulo 18: "Aventura de uma aranha que encontra em sua teia uma bela
mosca grande demais para ela" e por ai vai.
A leitura deste livro, faz parte do Projeto Literário Rory Gilmore Book Challenge em parceria com a Mis do blog Literarizando Momentos, onde vamos sortear doze livros (um por mês) para ser lido neste ano de 2018, que fazem parte dos 339 livros lidos pela Rory Gilmore. O primeiro foi este aqui.
Espero que tenham gostado <3
Espero que tenham gostado <3
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Estou mudando o blog de plataforma, agora vou utilizar o Wordpress, por enquanto vou deixar este aqui ativo, mas se quiser continuar me acompanhando, segue o novo endereço: https://bloglovelyplace.wordpress.com/
Mortíssima com esse challenge! Eu sou viciada em Gilmore Girls e vou conferir já. Fiquei interessada em ler o livro, porque estou apostando em leituras diferentes agora que fogem do young adult, pra explorar mais mesmo, sabe? Esse mês li Persuasão da Jane Austen e gostei muito.
ResponderExcluirParticipa também! Eu já postei no insta o livro que vamos ler mês que vem, será Frankenstein.
ExcluirEu também estou buscando leituras diferentes, por isso mesmo que projetos assim são legais.
Da Jane Austen eu só li Orgulho e Preconceito, mas pretendo fazer um desafio dela a partir do mês de Agosto.
Beijos