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terça-feira, 8 de janeiro de 2019

O Conto da Aia

Provavelmente já ouviu falar sobre esse livro ou da série inspirada nele. Apesar de fazer parte do projeto 1001 Livros para ler antes de morrer, não foi por causa disso que comecei a lê-lo, foi por indicações de outras pessoas e pela temática. 

Distopias são um verdadeiro caso de ambivalência para mim. Eu amo este gênero, mas não consigo evitar odiá-los também, por serem tão cruéis e possivelmente reais. A leitura deste livro em específico, foi um processo complicado. Acredito que se eu tivesse lido há uns cinco anos atrás, conseguiria ter lido mais rápido e o impacto não seria tanto, mas o momento em que eu li... acho que não preciso nem dizer. Houve capítulos que eu simplesmente fechava o livro para evitar continuar e ter uma crise nervosa.

O livro não é difícil de ser lido, ainda que no começo eu tenha ficado confusa, mas o conteúdo é "pesado". Offred irá contar sua rotina como aia e suas perigosas lembranças de uma época onde as mulheres ainda eram livres. Se não me engano, foi a primeira distopia com a protagonista mulher que eu li e sinceramente, não me sinto preparada para fazer uma análise mais detalhada sobre o livro, então vou deixar apenas algumas frases que destaquei durante a leitura.

"Vivíamos, como de costume, por ignorar. Ignorar não é a mesma coisa que ignorância, você tem de se esforçar para fazê-lo." (p. 71)

"Ela tem esperança, e eu sou o veículo de sua esperança." (p. 164)

"Viva no presente, aproveite-o ao máximo, isso é tudo que você tem." (p. 173)
"Não sabíamos o que dizer umas para as outras. Uma vez que nenhuma de nós compreendia o que havia acontecido, não havia muito o que pudéssemos dizer." (p. 212)

"Não deixe que os bastardos esmaguem você". (p.224)

"O inferno podemos fazer nós mesmos." (p. 223)

"Melhor nunca significa melhor para todo mundo (...) Sempre significa pior, para alguns." (p. 251)

"Para instituir um sistema totalitarista eficaz (...) é preciso que se ofereçam alguns benefícios e liberdades, pelo menos para uns poucos privilegiados, em troca daqueles que se retiram." (p. 362)

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