ISBN: 978-85-209-2360-3
Título Original: Hercule Poirot's Christmas
Tradução: Vânia de Almeida Salek
Editora/Cidade: Nova Fronteira/Rio de Janeiro
Ano de Publicação: 2009
Páginas: 223
Nota:
Sinopse: Véspera de Natal. A reunião de família Lee é arruinada pelo barulho ensurdecedor de móveis sendo destroçados, seguido de um grito agudo e sofrido. No andar de cima, o tirânico Simeon Lee está morto, numa poça de sangue, com a garganta degolada.
Mas quando Hercule Poirot, que está no vilarejo para passar o natal com um amigo, se oferece para ajudar, depara - se com uma atmosfera não de luto, mas de suspeitas mútuas. Parece que todos tinham suas próprias razões para detestar o velho.
Simon Lee, um homem que teve uma vida muito aventureira, já está bem velho e resolve convidar toda sua família para passarem o Natal, mas ao invés de ser uma reunião agradável, tudo não passa de mais um plano do velho. O que ele não sabia era que existia alguém que não só odiava ele, como a maioria de seus filhos, mas também era capaz de mata - lo.
Na véspera do natal, diz para os seus filhos que não liga para nenhum deles. E depois durante a ceia, eles escutam um barulho enorme no quanto do velho, seguido por um grito desumano. Depois de arrombar a porta do quarto, encontram Simon Lee morto no meio de uma poça de sangue, com a garganta cortada.
Os filhos dele eram completamente diferentes uns dos outros, apesar de todos terem puxado alguma de suas características físicas ou da personalidade, ele era vingativo, não esquecia de nada, sempre levava a vantagem, já havia cometido vários crimes, a esposa morrerá de desgosto e tinha um enorme amor pela riqueza, principalmente pelos seus diamantes escondido no cofre, que transportava - o de volta ao passado.
Os personagens que mais me chamaram atenção foram a Lydia, esposa do Alfred, que era o filho certinho e realizava todos os gostos do pai. Ela não se deixava convencer pelo velho. Sabia que ele era malvado e manipulava as pessoas, principalmente seu marido, que não conseguia ver o pai como uma má pessoa.
Pilar, a única neta do velho, também me chamou atenção, uma moça independente, além de bela, ela é bem inteligente. Harry, é a ovelha negra da família, um moço aventureiro que já se meteu em muito confusão. O que eu mais gosto nele é a sinceridade. Além dos outros filhos, George, achei ele muito mesquinho e sem graça e David, sonhador, que não liga para dinheiro, mas achei ele meio confuso e perdido.
No meio de tantas possíveis causas, é difícil encontrar o assassino, o pior ainda é aceitar que ele se encontra no meio daquela família desajustada. O superintendente Sugden ficou responsável para investigar o caso, mas Alfred insistiu que Poirot descobrisse o verdadeiro culpado pela morte de seu pai. E é claro que ele aceita e realmente consegue entender aquele estranha morte, depois de entender quem era Simon Lee.
Agatha Christie sempre me surpreende com suas história, e fazia tempo que eu não lia um livro dela com esse modelo de crime, como ela disse na dedicatória para seu cunhado, "esse é um assassinato dos bons, violento e cheio de sangue". A maneira que ela consegue encaixar as peças, chegando ao desfecho sem que o leitor descobre a identidade do assassino e no final é tão óbvio, me encanta, e isso é um dos motivos de eu amar tanto a rainha do crime.
Para quem gosta de livros policiais, aventura ou só curtir uma boa história, recomendo! E para quem não gosta deste gênero, recomendo também hahaha.
"Quem jamais poderia imaginar que aquele velho guardasse tanto sangue dentro de si?"
Macbeth
Beijos
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