Sei que já é tarde, pela janela aberta consigo ver a lua,
ela está tão sozinha, nenhuma estrela brilha ao seu redor para iluminar o céu
infinito. Escuto o pio de uma coruja em uma árvore na frente da minha casa, que
foi plantada pela minha avó quando cheguei aqui, lembro do meu avô ensinando
meu irmãozinho regá – la, mas nenhum deles estão aqui para me ensinar a superar
essa dor, essa solidão.
Peguei este papel e comecei a escrever, sei que as pessoas
não mandam mais cartas, mas o medo do seu celular dar caixa – postal foi maior,
o desespero de abrir meu notebook e ver que você não está online, me tomou. Por
isso estou escrevendo, a luz fraca do abajur reflete sua face, me sinto a beira
da loucura sentindo seu cheiro e sua voz sussurrando no meu ouvido que está
tudo bem, mas sei que não está!
Sei que é estranho, mas meu coração doe, minha cabeça
lateja, o silêncio me consome, não vou suportar. A noite não passa, não dá para
agüentar. Me diga que você está pensando em mim, me diga que isso um dia vai
passar, me diga que neste infinito tem uma estrela brilhando por mim e mesmo
que o vento não te traga, me levará até você.
Desculpa pelas manchas das lágrimas que não consegui
segurar, pela minha letra, pelas palavras sem sentido. Não consigo explicar o
que estou sentindo, mas posso dizer que estou com medo, sim medo, pavor de ser
engolida por essa imensa solidão, me sinto caindo dentro de um buraco sem fim,
não vejo o fim.
Enquanto fecho o envelope não me sinto mais...
Só me diz que estas comigo e assim que receber está carta,
virá me dar um abraço e me tirar deste buraco... Me prometa.
Obs: Este texto foi criado por mim mesma, não copiem sem autorização!
Foto: google
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