Comentei com meus amigos que
gostaria de achar um bom pintor para fazer um auto-retrato igual aqueles da
época renascentista e coloca – lo em um quadro na sala da minha casa, eles
riram de mim e comentaram: Você já não tem fotos suficientes?
Então expliquei para eles
que não é a mesma coisa se ver da maneira que o pintor te retrata, pois ele irá
captar a essência e buscar sua personalidade interna. Já tirar uma foto é algo
momentâneo, que não vai além das aparências inconsistentes, não atingindo a
essência e dias depois ela estará perdida entre outros arquivos em um
computador.
Com o desenvolvimento moderno
vem os problemas cotidianos, sendo eles diferentes dos séculos passados. A
preocupação e a correria das pessoas desejando algo sempre mais do que já tem, tornou
o homem moderno um fotógrafo, não tomando consciência para ter à identidade do
indivíduo e nem a sua própria.
A imagem do homem perdeu o
significado qualitativo, antes ela era preciosa e hoje se tem atenção somente
de passagem. Percebemos isto quando vamos a um local muito lotado, nosso olhar
passa somente pela superfície das pessoas, nunca damos atenção necessária de ir
mais além, como faria um pintor.
A sociedade deveria formar
mais pintores que sempre buscando além, permitiria ter contatos com os outros, e atenção necessária para deixarmos de pensar somente em nós mesmos, o que diminuiria os conflitos
entre as pessoas, saberíamos nossas identidades e a essência de nossas vida.
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