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domingo, 4 de janeiro de 2015

Nunca Desista


Foi em uma manhã de verão, o sol batia no vidro e entrava pela cortina aberta, e eu era banhada por aquela luz, demorei a perceber onde estava não conseguia enxergar direito por causa da claridade. Esfreguei os olhos e tentei focalizar o lugar. Era um quarto pequeno, a cama ocupava a maior parte dele. Mas foi só quando olhei para a velha escrivaninha e não vi sua mala que caiu a fixa e relembrei da noite passada como um flash.

Joguei-me na cama e fechei os olhos, esperando que quando abrisse novamente tudo fosse um sonho e você estaria ao meu lado lendo um livro e sorrindo para mim, mas no fundo não acreditava nisso. Tentei segurar as lágrimas e raciocinar, procurar uma solução, mas foi impossível pensar. Abafando um grito com o travesseiro eu senti alguma coisa embaixo dele. Era uma carta.

O papel estava amassado. Secando as lágrimas, abri a folha, minhas mãos tremiam. Na primeira linha tinha apenas duas palavras escritas, e foram suficientes para me fazer sorrir. Entendi naquele momento o que não pude entender enquanto estávamos juntos, entendi o porquê da separação. E sabia que haveria uma segunda chance, tudo na vida tem não é mesmo? A partir deste momento comecei a lutar. Passou muito tempo para eu ver meus esforços valerem à pena, mas consegui.


E não posso descrever o quanto me senti feliz quando te vi novamente e pude correr para os seus braços sabendo que estaria segura para sempre. Mas ainda acho que duas palavras são suficientes: “NUNCA DESISTA!”.

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