Foi
em uma manhã de verão, o sol batia no vidro e entrava pela cortina aberta, e eu
era banhada por aquela luz, demorei a perceber onde estava não conseguia
enxergar direito por causa da claridade. Esfreguei os olhos e tentei focalizar
o lugar. Era um quarto pequeno, a cama ocupava a maior parte dele. Mas foi só
quando olhei para a velha escrivaninha e não vi sua mala que caiu a fixa e
relembrei da noite passada como um flash.
Joguei-me
na cama e fechei os olhos, esperando que quando abrisse novamente tudo fosse um
sonho e você estaria ao meu lado lendo um livro e sorrindo para mim, mas no
fundo não acreditava nisso. Tentei segurar as lágrimas e raciocinar, procurar
uma solução, mas foi impossível pensar. Abafando um grito com o travesseiro eu
senti alguma coisa embaixo dele. Era uma carta.
O
papel estava amassado. Secando as lágrimas, abri a folha, minhas mãos tremiam.
Na primeira linha tinha apenas duas palavras escritas, e foram suficientes para
me fazer sorrir. Entendi naquele momento o que não pude entender enquanto
estávamos juntos, entendi o porquê da separação. E sabia que haveria uma
segunda chance, tudo na vida tem não é mesmo? A partir deste momento comecei a
lutar. Passou muito tempo para eu ver meus esforços valerem à pena, mas
consegui.
E
não posso descrever o quanto me senti feliz quando te vi novamente e pude
correr para os seus braços sabendo que estaria segura para sempre. Mas ainda
acho que duas palavras são suficientes: “NUNCA DESISTA!”.
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