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domingo, 23 de fevereiro de 2014

Auto Retrato da Realidade

Comentei com meus amigos que gostaria de achar um bom pintor para fazer um auto-retrato igual aqueles da época renascentista e coloca – lo em um quadro na sala da minha casa, eles riram de mim e comentaram: Você já não tem fotos suficientes?

Então expliquei para eles que não é a mesma coisa se ver da maneira que o pintor te retrata, pois ele irá captar a essência e buscar sua personalidade interna. Já tirar uma foto é algo momentâneo, que não vai além das aparências inconsistentes, não atingindo a essência e dias depois ela estará perdida entre outros arquivos em um computador.

Com o desenvolvimento moderno vem os problemas cotidianos, sendo eles diferentes dos séculos passados. A preocupação e a correria das pessoas desejando algo sempre mais do que já tem, tornou o homem moderno um fotógrafo, não tomando consciência para ter à identidade do indivíduo e nem a sua própria.

A imagem do homem perdeu o significado qualitativo, antes ela era preciosa e hoje se tem atenção somente de passagem. Percebemos isto quando vamos a um local muito lotado, nosso olhar passa somente pela superfície das pessoas, nunca damos atenção necessária de ir mais além, como faria um pintor.

A sociedade deveria formar mais pintores que sempre buscando além, permitiria ter contatos com os outros, e atenção necessária para deixarmos de pensar somente em nós mesmos, o que diminuiria os conflitos entre as pessoas, saberíamos nossas identidades e a essência de nossas vida.

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